Sunday 10 November 2013

Meu

*Olha para ti...
Mente quebrada e corpo preso, mas a alma está resplandescente És belo.*
És meu. Pertences-me e cuido de ti na mesma medida que
te castigo o corpo, que me rio na tua cara e te nego o que mais pedes.
Tudo o que sabes que tens para dar e mais o que ainda vais descobrir é meu.
E quero sempre mais e mais... Cada grito, suspiro, gemido e rugido.
Marco cada centímetro da tua pele para que vejam que tens dona e senhora sem sair do meu pacato lugar ao sol, mas não é preciso... Sei que não vês mais ninguém.
Educo-te à minha maneira, com as minhas regras e quando terminar serás uma versão mais perfeita de ti. Vê como és lindo ajoelhado aos meus pés, quando apoias a cabeça no meu ventre, no meu peito, quando te envolvo nos meus braços e reconforto.
Vão cobiçar-te... Sei que te cobiçam, sei que te provocam e querem sentir as tuas mãos adorar os seus corpos como elas veneram o meu...
Mas és MEU e podem salivar o que quiserem.
Vou soltar-te, tirar-te as correntes e não vais sair do meu lado.
Nunca serás de ninguém como és meu e vais sempre sentir os meus dedos em volta do teu pescoço.
Mmmm... estão aí. Não os vês, mas sentes e sabes que aí estão...

Apetece-me...

Apetece-me despir-te cada peça de roupa num deslizar suave como uma pena a acariciar a tua pele... Deixar-te quase como vieste ao mundo, sem medos, vergonhas, sem hesitação ou timidez.
Vejo como estremeces levemente e imediatamente aquele sorriso com requintes de malvadez que tão bem conheces apodera-se de mim enquanto te encaminho para a poltrona. Observas impávido e sereno, reagindo apenas quando me debruço sobre ti apoiada nos braços da poltrona e te roubo um beijo com tantas palavras e desejos por expressar.
É nesse momento que te sinto puxar-me mais para ti e as tuas mãos a repousar no fundo das minhas costas de inicio e depois a viajar suavemente para as minhas nádegas.
Deixo-me permanecer deste modo por uns momentos, ondulando o meu corpo contra o teu enquanto os beijos ficam mais profundos, mais intensos, os olhos mais brilhantes, as respirações mais aceleradas e a luxúria começa a apoderar-se de nós.
Afasto-me lentamente nunca perdendo os teus olhos dos meus e o sorriso maroto vem aos meus lábios novamente. Sento-me na pequena mesa mesmo em frente a ti e deixo que uma melodia encha a sala, fecho os olhos e mexo-me lentamente ao ritmo de cada batida. Ouve-se Tito &Tarantula e a sua “After Dark” envolve-me, conduz o meu corpo enquanto me movimento para ti, levantando o delicado vestido sobre a minha cabeça até sobrar apenas a lingerie preta rendada, as meias e os sapatos de verniz preto brilhante.
Componho a liga como que em câmara lenta, passo as mãos pelo comprimento da minha perna antes de me erguer e continuar com o lento balançar encantado pela guitarra que soa no fundo. Não te olho, mas sinto o teu olhar queimar na minha pele, a seguir os movimentos das minhas mãos que percorrem o meu corpo enrubescido, a seguir o movimento da minha anca enquanto rodo sobre mim mesma até ficar de costas para ti.
Sinto-te perto, sei que não demoras a vir colocar os teus braços e mãos no corpo que grita por ti, puxas-me contra ti e empino o rabo contra o teu sexo que sinto já orgulhoso assente contra o meu rabo. Sinto-te beijar o meu pescoço, provocas-me com a ponta da tua língua e mordes como sabes que gosto e o gemido que solto pede por mais. Não paras mas passas para o lóbulo do meu ouvido e o meu corpo arqueia-se contra o teu enquanto te sinto brincar com o elástico da pequena tanga até rebentá-lo desnudando o meu sexo e a doce tortura na minha orelha a deixar-me ofegante. Sabes exactamente que botões pressionar em mim.
Afasto-me de ti, pego na tua mão e começo a conduzir-te para o quarto. Olho-te por cima do ombro, sorrio para ti e mordo o lábio quando vejo nos teus olhos que me desejas tanto como te desejo.
“Quero-te...”
Não são necessárias mais palavras.

Dou-te dor...

Senti-te tremer…
Tinha plena noção do quanto estavas nervoso, não fazias ideia do que te ia acontecer.
Sei que temias a minha fúria, a dureza dos castigos que te iria infligir, a maneira implacável como te iria negar quando e quanto mais suplicasses.
Já sabias onde te colocar, como te preparar e qual o meu primeiro desejo a satisfazer.
Ouvi-te engolir em seco e a respiração a ficar ofegante quando te apercebeste do erro que tinhas acabado de cometer e senti em mim os teus olhos expectantes por uma reacção minha, mas nada te dei, mais nervoso ficaste.
Ordenei sem qualquer emoção implícita na minha voz que te debruçasses sobre a poltrona e expusesses as tua nádegas, ri-me de ti com satisfação pois o odor do teu medo, nervosismo e excitação já começava a fazer-se sentir.
"Dou-te dor na mesma medida do prazer, já devias saber."
Fiz-te quase tudo o que mais gosto e apeteceu, olhei nos teus olhos e vi tudo o que queria ver…
Atiraste-te aos meus pés e derramaste algumas lágrimas enquanto te acariciava o cabelo.
Ordenei que te levantasses e admirei-me nas marcas da tua pele.
Senti-me leve, senti-me Eu ao ver-me reflectida nos teus olhos que diziam tudo… Amor, respeito, admiração e agradecimento.
O "obrigada Senhora" repetido vezes sem conta em um sussurro interminável.
http://www.youtube.com/watch?v=AwzaifhSw2c